Gilberto Natalini SP

O Coronavírus dá o troco

A pandemia da COVID-19 nos acompanha desde o início deste ano. O Brasil não tem sido um exemplo de país no enfrentamento da doença.

E a devastação na cidade de São Paulo continua…

Esta semana começou com mais um crime ambiental no município de São Paulo, na região de Santo Amaro. A vítima agora é o conhecido Jardim Alfomares, com mais de 60.000 m2 de mata nativa, que abriga uma diversidade única em fauna e flora. Cerca de 2 mil árvores antigas e saudáveis, correm o risco de desaparecer e dar lugar a mais um empreendimento imobiliário.

Dever cumprido

Estou no quinto mandato como vereador na Câmara Municipal de SP. Durante esses 20 anos, busquei exercer minha função com muito trabalho e dignidade, pelo interesse da cidade, não havendo ninguém que possa me apontar o dedo e mostrar um arranhão em minha conduta moral.

Brasil ladeira abaixo

Parte significativa do povo brasileiro, em reação às atitudes morais desastrosas dos governos do PT, repudiando a imensa onda de corrupção existente, votou para eleger o atual Presidente.

Era uma vez uma mata. E sua água.

As matas do Planalto de Piratininga sofreram vários ataques no decorrer dos séculos. A cidade de São Paulo cresceu sobre ela, exterminando-a de forma desplanejada e agressiva.

Artigo: O nosso SUS salvou milhões de vidas nessa pandemia

Hoje, mais do que nunca, tenho orgulho de ser um dos responsáveis pela criação do Sistema Único de Saúde (SUS), criado há mais de 30 anos e reconhecido pela ONU, como o maior Sistema Universal e Gratuito de Saúde do Mundo, o mais democrático, aberto e essencial para atendimento do povo em geral, independente de condição social e até de nacionalidade. Por isso seu valor humanitário é extraordinário.

Coronavírus e a Insustentabilidade

Nos últimos anos, os surtos de doenças infecciosas como a Covid-19, transmitidas de animais para os seres humanos, aumentaram consideravelmente. É o caso do Ebola, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), a gripe aviária, a Dengue, o Zicavírus, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), dentre tantas outras que, de alguma forma, estão ligadas à degradação ambiental causada pelo homem.

Calçadas de São Paulo: do permeável ao impermeável

Um dos maiores problemas na cidade de São Paulo e em tantas outras são as calçadas. Muitas são impermeáveis, estão esburacadas, com desníveis, não são acessíveis, o que dificulta a caminhada dos pedestres, principalmente dos mais vulneráveis, como pessoas com algum tipo de deficiência e mobilidade reduzida, idosos, pessoas com carrinhos de bebês, entre outros. Um transtorno enorme que as pessoas são obrigadas a enfrentar diariamente. São mais de 68 milhões de m² de calçadas no município. Realizamos importantes ações nesta causa para a cidade. Em 2004, organizamos o 1º Seminário Paulistano de Calçadas, onde foi discutida a situação atual e o que poderia ser feito para melhorar as calçadas de São Paulo. Posteriormente, apresentei à gestão da Prefeitura de São Paulo na época, o projeto Passeio Livre, um programa permanente de padronização das mesmas, com o objetivo de facilitar a vida dos pedestres e pessoas com necessidades especiais. O projeto trata de calçadas permeáveis e acessíveis. Neste caminho, este mesmo Seminário continuou ganhando força em minhas ações. Foi publicado o Decreto nº 45.904, bastante inovador, que definiu um padrão arquitetônico com materiais adequados para o controle das calçadas e normas de acessibilidade. Não satisfeito, dei entrada na Câmara no Projeto de Lei 619/11 que dispõe sobre a padronização das calçadas do município de São Paulo, estabelecendo regras para garantir a acessibilidade das pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. Em 2019 a Prefeitura promulgou o Decreto nº 58.611/ 2019, o que nos trouxe muita alegria, porque a intenção era a padronização das calçadas de São Paulo e a efetiva continuação do Plano Municipal de Calçadas. O decreto buscava garantir respeito ao pedestre. No entanto o que estamos vendo agora, com o início das reformas das calçadas, é o oposto do que estávamos esperando, além de estarem impermeabilizando tudo, a Prefeitura está refazendo calçadas que já estavam feitas com materiais pré moldados e semipermeáveis, substituindo-as por calçadas de concreto, sem permeabilidade alguma. Como exemplo temos as calçadas que estão sendo reformadas na Rua Dr. Diogo de Faria (Vila Mariana) e as da Rua Teodoro Sampaio (Pinheiros). É necessário contemplar os princípios da sustentabilidade, valorizando as calçadas verdes e considerando as características da drenagem urbana. Urge impedir a impermeabilização descontrolada das áreas de escoamento da água de chuva, o que tem ocasionado sérios problemas à cidade, como temos acompanhado nos últimos dias. O nosso objetivo é garantir condições de acessibilidade, mobilidade e segurança para toda a população e a permeabilidade, tão indispensável para o controle das chuvas na cidade. Gilberto Natalini Vereador PV/SP

Que venha 2020!

Termina 2019. Um ano difícil. Na política, uma situação de falsidade com uma polarização absolutamente ridícula entre uma “pseudo esquerda” e uma “pseudo direita”, entre a turma do Lula e a turma do Bolsonaro.